terça-feira, 25 de setembro de 2012

Contando o tempo


Sinceramente nem me lembrava mais do meu blog. O Denis nas suas tardes nostálgicas e de falta do que fazer no trabalho me mandou o meu primeiro post.
Fiquei meio chateada porque escrevia muito melhor do que escrevo agora, pode ser pela falta de prática, ou não.
Enfim, fiquei com saudade disso aqui e resolvi escrever, já que esse ano muitas coisas mudaram.
Terminei o ensino médio, e isso foi bem estranho. Parecia que ia demorar séculos e finalmente aconteceu. Não passei na faculdade, não veria mais meus amigos de todas as manhãs. Fiquei em choque, mas ninguém ligou.
Algumas coisas não mudaram, como o namorado, as amigas das antigas e os amigos da ete. Alguns se distanciaram, isso é verdade. Mas os que eu já sabia que podia contar, continuam do meu lado.
Fiz 18 anos, e me senti estranhamente velha. A maioridade tão sonhada chegou, e que mudanças acarretou? Nenhuma boa eu diria, aaah, não preciso mais usar o meu rg falso ou decorar os dados do rg da Naty. Mas me senti tão pressionada, parece que agora já sou adulta, mesmo que faço as coisas de sempre. Não aprendi a passar a roupa, dependo financeiramente dos meus pais, não tirei minha carteira de motorista e ainda tomo yakult diariamente e levo lanchinho pro cursinho. 
Tô fazendo cursinho de novo, mas esse ano é diferente. Ano passado mesmo que tinha esperança sabia que não iria passar, mas nesse ano meu tempo foi direcionado exclusivamente pra isso, portanto tem uma pressão a mais.  A gente reclama tanto da escola, e fala que não vê a hora de terminar, mas a gente não sabe como a escola era suuuuper legal, porque cursinho é a coisa mais chata que eu já vi. Mesmo sentindo falta dos abraços diários da Déa, uma pessoa que me surpreendeu esse ano foi a Gabi. Não esperava que a gente podia se abrir tanto uma pra outra e fazer crescer essa amizade (que brega).
Esse ano estou mais estressada, agressiva e não tô aceitando muito bem a opinião dos outros (se não for de acordo com a minha). Mas estou mais esforçada e com muito sono. Não sei o que acontece, o sono à tarde é maior que eu.
Continuo sensível e chorona, choro com novelas, filmes e até com comerciais. Se for algo relacionado à medicina então, meu Deus. Sei lá, nunca sonhei tanto com uma coisa como em ser médica. Pra mim não é só o dinheiro, o salvar vidas, é mais do que isso, embora eu não saiba explicar ao certo. 
Idiota eu sei, mas direto me pego sonhando acordada,  como se estivesse vendo minha aprovação, quase choro, mas ai desperto e vejo que ainda está um pouco longe disso. Tô com tanto medo, e meus pais não entendem. Acho que ninguém entende a não ser você, porque acham que você é sensível demais e está exagerando, afinal é só uma prova. Sim, é uma prova, que vai determinar meu futuro, é injusto mas é a realidade. 
Esse ano faço três anos com o Pedro. É bastante tempo, e é estranho porque ainda fico com frio na barriga quando ele me busca em algum lugar ou aparece de surpresa aqui na minha casa. Quando a gente namora a gente sempre fala de casamento, de morar junto, mas quando vai passando mais tempo juntos parece que isso está mais perto de acontecer (espero que não demore mil anos, dependendo de alguém...).
Final de ano sempre me deixa meio depressiva, fico pensando no que deveria ter feito melhor, e o que deveria ter deixado de fazer. Mas acho que sempre será assim, sempre terá arrependimentos e momentos felizes pra se lembrar de cada ano. 

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